quinta-feira, 21 de agosto de 2008



Esperança é a última que morre,
Diz claramente o velho ditado pobre
Mas mais pobre ainda é o que dele recorre
Escondendo a angústia que o recobre

Há que se fazer e não esperar sentado
Por soluções que lhe alcem a vida
Tenha em conta que se fazer de coitado

Não lhe torna impune nem lhe dá guarida

Seja homem ou mulher, pouco importa
Não adianta a pessoa fazer-se de morta
Pois quanto mais esconde-se de problemas
Mais distantes estarão as verdades supremas

Dar a outra face pode até ser poético
Prazer em se o coitado e sofredor
Recobra ao menos um pouco de seu ego esquelético
E poupa sua alma de tão mentirosa dor

Viva a vida em um olhar S
eja feliz com seu par
Console-se ao pé do altar
Admire-se ao pôr-do-sol, o mar

Mas deixa de lado essa amargura
De ser centro de compaixões alheias
A felicidade lhe chama e esbofeteia
E verá que ser gente é pura sinecura


Um comentário:

Jac C. disse...

Me lembro de já termos nos encontrado na blogsfera. Olhando os links do blog "Pensamentos do Bem" reconheci o seu e vim matar as saudades.
Providencial.
Preciso de esperança mesmo.
Abraços.